Um pouco de História
Floresta da Tijuca, dezembro de 1861. A outrora exuberante mata virgem que recobria as belas montanhas da
cidade do Rio de Janeiro estavam em grande parte dizimadas. Desmatamentos e queimadas, antes para a
cana-de-açúcar e depois para o cultivo do café, haviam substituído grandes áreas de floresta por fazendas
já pouco produtivas. À medida que sumiam as matas, secavam os córregos e escasseava a água.
O Governo imperial de Dom Pedro II iniciou então o primeiro grande programa de recuperação de uma área
degradada na Mata Atlântica. Com a missão de recompor as florestas e águas dos mananciais da cidade, nomeou
o Major Manuel Gomes Archer como administrador da Floresta da Tijuca. Com ele, uma equipe de 6 escravos e
alguns assalariados iniciou o trabalho de plantio de aís da floresta, encheu dentro da terra, a cisterna
quase esgotada do lençol freático e pôs a correr de novo à flor do solo, e morro abaixo, o Carioca, o Banana
Podre, o dos Macacos, dos Canoas, todos os rios e arroios que nos dão vida
No final do mesmo século XIX, o trabalho de Archer inspirou a desapropriação das fazendas de café e a
recuperação da Serra da Cantareira, que com suas matas ainda hoje assegura a qualidade de nascentes que
abastecem mais de 40% dos moradores da metrópole paulistana.
Tijuca e Cantareira, os dois maiores maciços florestais urbanos do planeta, além de água, contribuem
para o equilíbrio climático das cidades ao controlar a temperatura e umidade e ao seqüestrar carbono,
oferecendo paisagem, lazer e ecoturismo, conservando importantes espécies da rica biodiversidade da Mata
Atlântica e servindo de inspiração para grandes empreitadas na busca de um desenvolvimento sustentável.
Fonte: Programa Águas e Florestas da Mata Atlântica
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